Ela apenas foi fazer mais uma consulta, com um médico que cura todas as dores e com o auxílio de soldados com asas visíveis.
A eternidade certamente é longa, mas não tão longa que D. Silvéria não possa atravessar com seu passo simples e afável; nem tão grande que possa ser maior que o amor de D. Silvéria pela vida e pelas pessoas.
O gosto do chimarrão e dos conselhos que ela me serviu nos idos de Laranjeiras do Sul, permanecem na minha boca, na minha cabeça e no meu coração.
Se existe uma única coisa que possa explicar e justificar a eternidade, esta coisa é o amor.
E o amor se manifesta nos pequenos momentos, que se tornam eternos, como estes que vivemos com D. Silvéria. Talvez seja por isso que ainda posso sentir o chimarrão quente e ter paciência de enfrentar as adversidades. Isso, levarei para sempre, porque são eternos; porque são amor.
Outra forma de manifestação do amor, certamente é a gratidão. Toda essa gratidão e reconhecimento dela para com os integrantes do nosso EB, é amor puro.
Todo esse amor, fica estampado nas lembranças e na foto de D. Silvéria. Simples como o amor, simples como coisa de soldado, simples como ela, simples como ela queria que fosse...
Se nesta vida ela teve orgulho, esse orgulho foi de você. A única diferença é que você deixou de ser a vela acesa das orações dela, para ser promovido a uma estrela no novo mundo que ela habita. Essa estrela, só os generais da vida podem alcançar.
Viva D. Silvéria!!!!!
De mais um filho de D. Silvéria e se sempre irmão,
Roberto.